terça-feira, 11 de outubro de 2022

Estou tendo síncopes. Sintomas de uma congestão física. Uma erupção iminente me apavora, tudo à minha volta está envolto de névoa e impede minha visão completa! Tento conciliar minha realidade, aceitar meus desatinos. Nem sempre tão gentil comigo, açoito minha pele através da desordem. Crepitam os badalados de um som passado, inaudível àqueles que passam por aqui desapercebidos. É necessário apreciar os caminhos,  não deixar o bradar das plantas e coisas esmaecerem nas margens. Olho para os lados, mas nem sempre enxergo algo! Ah, como ocorre-me o desespero ao pensar que talvez eu não pense. As agulhas da memória tangenciam os segundos do agora, que sempre entre meus dedos se escapam. Não alcanço o imediato instante, minha mente flutua entre os tempos e compassos. Aqui? O que é? Ouço meus próprios chamados, é preciso afixar minhas pernas na terra quente, ainda há tempo para mim. Me abraço em esperanças, em fragrâncias de possibilidades múltiplas que a vida me oferta. Sim!